quinta-feira, 1 de abril de 2010

Voltar aos trilhos é preciso.

No ano de 1954, cheguei a Salvador pela primeira vez para trabalhar. A viagem de Castro Alves para cá (190 km) se deu em um TFP- Transporte Ferroviário de Passageiros, no histórico Trem de Monte Azul; que experiência memorável.
Naquela época, na nossa capital baiana, o principal transporte de massa era sobre trilhos (o bonde). Anos depois deixou de existir o Trem de Monte Azul como também o bonde.

Em 1975, fui selecionado para trabalhar em uma empresa do Pólo Petroquímico de Camaçari, quando cheguei ao escritório da empresa me foi dada uma autorização para pegar o ônibus para a fábrica. O funcionário que me atendeu disse-me: “Brevemente você irá viajar de trem, pois existe um projeto do trem metropolitano”, projeto este que nunca saiu do papel. Naquele ano existia ainda, na região metropolitana e até Alagoinhas o Transporte Ferroviário de Passageiros, que também saiu dos trilhos em 1982.

Quando era prefeito de Salvador, o senhor Mário Kertész - de 1986 a 1988-, foi apresentado e iniciado o projeto VLT- Veículo Leve sobre Trilho, com o objetivo de melhorar o sistema de transporte de massa na cidade. Só que os prefeitos seguintes abandonaram o citado projeto. Em 1999, surge o novo projeto do metrô de Salvador, que vem se arrastando durante 10 anos sem sabermos quando será concluído.

Com a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a expressão ‘mobilidade urbana’ tem sido uma constante. Por conta disso, recentemente escutei uma matéria da revista Veja na qual fala sobre o projeto VLT (aquele que foi abandonado pela cidade de Salvador), que está sendo abraçado por várias cidades do país, inclusive em capitais do Nordeste.

Como podemos observar, o transporte sobre trilhos é a melhor solução para as grandes cidades no momento. O que ou quem será que está sendo contra a este tipo de transporte em Salvador e Região Metropolitana? Com a palavra, as nossas autoridades.

Até breve.

Um comentário:

  1. Professor Cristiano2 de abril de 2010 às 21:05

    Infelizmente o Brasil, forçando o trocadilho, toma o bonde contrário do desenvolvimento quando abdica ou ao menos atrofia a opção pelo transporte sobre trilhos, o integrando nacionalmente, na dimensão regional ou fazendo mover as suas diversas regiões metropolitanas. No caso da nossa RMS já visualizamos o colapso no transporte de automóveis, com engarrafamentos e bloqueios a toda hora em todo lugar. Este metrô de Salvador é a maior vergonha do estado. O VLT associado ao trem metropolitano, com a também projetada via náutica, seriam investimentos menores e mais eficientes na melhoria considerável do sistema de transporte da nossa metrópole. Em tempo sugiro que a RMS deveria comportar um sistema integardo de transporte coletivo, ampliando o chamado SETEPS de Salvador. Boa nova discussão LOurival!!!

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