quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quatorze de maio.

“Não gente, podem ter certeza de que não errei a data. Sei muito bem que hoje são 24 de maio, véspera do 25, Dia da África, efeméride talvez desconhecida por muitos. Mas quero falar mesmo é do dia 14 de maio de 1888, o dia seguinte ao 13, da Abolição. Devo dizer, de saída, que não me alio ao repúdio puro e simples à data da lei Áurea. Na boa reflexão do poeta Capinan, só os que se viram livres das algemas, que não mais submeteriam o corpo ao tronco e às torturas, é que souberam o tamanho da alegria de viver em liberdade. Não à toa, os negros de Santo Amaro, desafiando a poderosa Igreja Católica, a sociedade aristocrática branca de então e a polícia, levaram todos os candomblés a bater em praça pública, no 13 de maio de 1889, para comemorar o fim da escravidão. E não pararam de o fazer até hoje.

Mas, voltando ao 14 de maio. O dia anterior foi só alegria. No dia seguinte, entretanto, os ex-escravos já começavam a sentir o peso de uma liberdade sem cidadania, sem inclusão social e pior: com o próprio Estado brasileiro estabelecendo medidas legais e institucionais para negar quaisquer benefícios aos negros, jogando-os na vala da marginalidade, tornando-os “gente diferenciada”. No excelente livro Cor da Pele, que deveria ser leitura obrigatória de todos, o Dr. Almiro Sena, hoje secretário da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, lista uma série dessas medidas, que transformaram o dia 14 de Maio numa longa noite de tormentos e negações para a nossa etnia. A promoção da imigração da mão de obra européia, tirando dos negros a remuneração por um trabalho que eles fizeram por 350 anos na condição de escravizados; o código penal de 1890, tipificando como crime a capoeiragem, a mendicância, a vadiagem e o curandeirismo; a inacessibilidade, aos negros, à educação de qualidade e à posse de terras; 123 anos depois ainda sofremos os efeitos desse crime perfeito.

Se o Estado brasileiro “inventou a tristeza”, ele mesmo “tenha a fineza de desinventar”. Por isso, pense quatrocentas vezes antes de condenar as cotas e as políticas públicas de reparação, viu?”

> Artigo do professor Jorge Portugal, extraído do Jornal A Tarde, do dia 24/05/2011.

Na sexta-feira 13 deste mês de maio, data da abolição (Lei Áurea), fiz um comentário na rádio Simões Filho FM sobre o que, no meu entendimento, àquela data de 13 de maio de 1888 foi um “presente de grego”, pois nos meus parcos conhecimentos compreendo que a assinatura da abolição foi precedida de um acordo de bastidores políticos.

Nesta terça-feira, 24, considero-me premiado por este belo artigo do professor Jorge Portugal, e como diz o mesmo temos que continuar refletindo para que possamos ter um país de total liberdade.

Até a próxima.
*Digitado por Kleyton Assis.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A problemática da educação. (Por Elza Veiga)

Observando a juventude , me reporto a minha adolescência, quando não tínhamos a tecnologia de hoje e que os estudos eram muito mais prazerosos,pois para tirar boas notas e passar de ano era preciso fazer vários trabalhos de pesquisas, estudar muito e tambem tinha a sessão de leitura em grupo, sem contar com o apoio dos pais, que sentavam com os filhos para ajudar nas tarefas de casa.

Lembro-me de cada um professor, cada matéria, cada nota. E o que nós podemos observar hoje são crianças e adolescentes desinteressados em pegar um livro para fazer uma pesquisa, já que estão cada vez mais na internet,onde é só copiar uma determinada matéria, sem saber nem ao menos o nome de de quem escreveu determinado assunto, já que é mais fácil olhar e passar para o caderno. Aí eu pergunto: de quem é a culpa? Dos professores que ganham um salário indigno e que muitas vezes se veem obrigados a tomar para si a problemática de filhos que os pais não conseguem ensinar boas maneiras jogando a responsabilidade da educação familiar para o professor?

É preciso mais atitude dos pais, pois sei de vários casos de omissão de mães defendendo os erros do filho e essas crianças e adolescentes terão a tendencia de ser rebeldes,maus alunos, maus companheiros e com probalidade de ingressar no mundo das drogas e por esta razão dificilmente serão boas pessoas no futuro,se conseguir pelo menos chegar aos 25,30 ou mais, quem sabe? A educação que recebi guardo comigo até hoje e só tenho a lamentar o desrespeito dos jovens para com os mais velhos.
Um abraço a todos.

Por:
ELZA VEIGA PEREIRA
23/05/2011 - 14:45 hrs.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Democracia plena é bem estar para todos.


É comum escutarmos algumas pessoas (eleitores) usarem expressões do tipo: “não voto mais em ninguém”, “este prefeito que está aí até agora não fez nada”, “os vereadores só se preocupam em botar o dinheiro no bolso”, entre outras. Sempre que ouço alguém falar perto de mim, digo que não concordo, e pergunto: o que você está fazendo para que seja diferente?

No meu entendimento, é preciso ter cuidado com as generalizações, pois em qualquer seguimento da sociedade existem aqueles que são relapsos, mas por outro lado tem outros que são sérios e comprometidos com o seu mister.

A rádio Simões Filho FM transmite a seção da câmara de vereadores todas as terças-feiras, das 19:00 às 22:00 horas.

Através deste mesmo veículo de comunicação, conclamamos também o povo a comparecer a câmara para assistirem pessoalmente as seções, exercendo sua cidadania.

Os vereadores, escutando o chamamento, tiveram a iniciativa de colocar outdoors na cidade convocando os munícipes a participarem das seções daquela casa legislativa.

Parabenizamos os nobres edis pela postura democrática, pois só teremos uma democracia plena com a participação de todos.

A democracia é uma planta que precisa ser regada com bastante cuidado para que seus frutos sejam colhidos e bem distribuídos para promover o bem estar de toda a sociedade.

Até breve!
*Digitado por Kleyton Assis.

domingo, 15 de maio de 2011

Pérolas na política.

POLÍTICA COM VATAPÁ: Novos Tempos.

Sexta da semana passada, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, encontrou Marcelo Nilo, presidente da Assembleia, antigo companheiro dos tempos em que os dois faziam oposição ao carlismo. Mário comenta:
- Quem diria, Marcelo, que um dia nos encontraríamos assim, você presidente da Assembleia e eu ministro...
- Pois é, Mário. Pedro Alcântara, que era líder do governo César Borges, hoje é sub-secretário de Relações Institucionais. Edmon Lucas, deputado da base carlista, hoje é chefe de gabinete de Jaques Wagner, um governador do PT. Otto Alencar, um líder de proa do carlismo, hoje é o vice desse mesmo governador. Mas, meu caro Mário, o incrível mesmo é Reinaldo Braga como líder da oposição. Aí não dá para acreditar, amigo.
*Deputado desde 1983, com sete mandatos, Reinaldo Braga (PR) já viu passar dez governantes pelo Palácio de Ondina. Apoiou todos, incluso Wagner, no primeiro mandato.
*Extraído do Jornal A Tarde

O texto acima, transcrito da coluna Tempo Presente, do Jornal A Tarde, confirma a máxima de que “política é igual à nuvem, muda de posição a todo instante”.

Só aqueles ditos cabeças pensantes de Simões Filho têm uma visão diferente. Existem pessoas em nossa cidade que se consideram grandes líderes, mas não são capazes de aglutinar forças para debater um projeto conjunto, de credibilidade que possa empolgar os eleitores.

É preciso estarmos sempre afirmando que SIMÕES FILHO É A CIDADE NOSSA DE CADA DIA.

*Digitado por Kleyton Assis.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Pérolas na política.

POLÍTICA COM VATAPÁ: Eficiência amiga

Essa quem conta é Walter Lessa, na época fotógrafo de A TARDE, testemunha top da vida baiana no anos 60 do século passado.
Lomanto Júnior, governador, indicou Wilson Rued para superintendente da Estação Rodoviária de Jequié. O diretor do DERBA, Frans Gedeon, muito polidamente, fez a objeção:
- Infelizmente não dá, governador. O regimento das estações rodoviárias exige que o cargo de superintendente seja ocupado por pessoa com formação de nível superior, e o Wilson não tem.
- Pode sim, Gedeon. Vamos mudar o regimento. Convoque o Conselho Rodoviário.
Ante o conselho, Lomanto com a palavra: - O Wilson é um homem honesto e trabalhador e entende de transporte. Com uma força incomum, imaginem os senhores, ele carregou um homem de 100 quilos nas costas para atravessar a Ponte Dom Pedro II, entre São Félix e Cachoeira, no meio de uma multidão! E sabem quem era esse homem? Eu!
*Wilson carregou Lomanto nas costas na Ponte D. Pedro II em 31 de agosto de 1962, na campanha eleitoral. Lógico que o regimento foi mudado e ele nomeado.
> Extraído do Jornal A Tarde.

Analisando o texto acima, lembrei-me que aqui em Simões Filho, na década de 80 do século passado, existia também um desses Wilson Rued, que era exímio transportador de um prefeito da época. Não sei informar se o mesmo foi promovido a chefe de transportes da prefeitura, mas posso afirmar que não estou me referindo a lendas, tais como: saci pererê, boitatá, mula sem cabeça, caipora, entre outras.

Aliás, eu usei a expressão existia, mas existem ainda hoje este tipo de personagem ávidos de repetir o mesmo feito, mas acredito que os gestores da atualidade não aceitam para não pagarem mico e também ter que promover o transportador.

Até a próxima.
*Digitado por Kleyton Assis.

domingo, 8 de maio de 2011

Escassez de lideranças.

No meu entendimento, a política brasileira está vivendo um momento de escassez de liderança, principalmente no seguimento oposicionista em plano nacional. A falta de proposta convincente que contraponha aos projetos do governo proporciona a presidente Dilma a fazer e desfazer o que bem entender e o que deve.

O ex-candidato a presidente José Serra obteve o apoio de 44 milhões de eleitores, porém o seu partido (PSDB) ficou deitado em berço esplendido, pagou para ver, e está entrando em parafuso, o que a presidente Dilma penharodamente agradece.

A única oposição que o governo federal está enfrentando é de algum seguimento da
imprensa, o que é normal em um regime democrático.

No nosso estado da Bahia, o governador Wagner conseguiu ser eleito com certa facilidade, apesar de alguns seguimentos da sociedade dizer que o mesmo não fez um bom governo no primeiro mandato. Além de se eleger bem, o governador tem maioria absoluta na Assembléia Legislativa, o que lhe permite nadar em mar aberto sem medo de tubarão e acenando tranquilamente para a oposição.

Em nossa plaga simõesfilhense a coisa não é diferente. O prefeito Eduardo Alencar foi eleito em 2008 com larga vantagem de votos sobre os dois outros candidatos, está governando a cidade tranqüilo e calmo, sem opositores importunando-o, tendo também como aliado todos os vereadores, inclusive na seção da câmara do dia 26 de abril foi lançada sua candidatura a reeleição. Na quarta-feira, dia 04, esteve no estúdio da Simões Filho FM o senhor Diógenes Tolentino, o popular Dinha, ex-vereador e ex-vice-prefeito, sendo entrevistado pelos radialistas Jairo Mascarenhas e Sérgio Ferreira. Dinha declarou ser pré-candidato a prefeito em 2012, e que está promovendo um amplo debate com as correntes políticas oposicionistas da cidade.

Nos meus parcos conhecimentos políticos pude observar um discurso de Dinha que, muito embora ele tenha dito que dos entendimentos entre os grupos, o candidato poderá até ser outro.

Partindo do princípio de que Dinha citou os 16 mil votos que ele teve na eleição passada, entendo que o provável outro candidato citado será ele mesmo.

Pergunto: Por que estes coligados oposicionistas não começaram a debater os problemas da nossa cidade após as eleições de 2008?

Continuo afirmando que estamos carentes de lideranças fortes com propostas concretas, que possam aglutinar forças para formação de grupo com o objetivo de debater as questões políticas da cidade 24 horas por dia.

Como diriam os produtores rurais da região do semi-árido, precisamos de barragem ou rios perenes para que possamos produzir alimentos durante todo o ano para o bem estar de toda comunidade.

Até a próxima.
*Digitado por Kleyton Assis.

domingo, 1 de maio de 2011

Cidadão Simõesfilhense.

O título de cidadão é uma honraria concedida a pessoas não naturais daquele município, mas que lá foram morar e desenvolveram sua vida. É um reconhecimento da comunidade pelo trabalho e vida de pessoas não naturais de um município, mas que ajudaram no crescimento deste.

Quando foi concedido o título de cidadão de Salvador ao narrador esportivo Galvão Bueno, escutei um apresentador de programa de rádio de uma emissora de Salvador dizer à guisa de ironia, que para qualquer cidadão receber esta honraria em Salvador, basta ficar desfilando em frente à câmara de vereadores.

Na nossa cidade de Simões Filho, temos assistido à concessão de títulos com muita freqüência e não sabemos quais os critérios usados para tal. Quero deixar claro que, de todos que já tomei conhecimento, não tenho nada contra os laureados, até porque não era para tê-lo, mas é preciso um certo cuidado por parte dos nobres Edis da nossa câmara municipal para que tão importante honraria não venha a ser banalizada.

O gari, que faz a varrição e/ou a coleta de lixo na rua em que moramos, está nos prestando relevante serviço e até nos evitando de procurar um médico, pois aqueles resíduos sólidos não coletados poderiam nos acometer de alguma enfermidade. Portanto, entendemos que o gari é tão importante na preservação da nossa saúde quanto o médico, respeitadas as funções de cada um.

Sabemos que nos quadros de funcionários da Prefeitura Municipal existem vários garis e médicos que vieram de outras cidades para prestarem os seus serviços na nossa comunidade, no entanto, não tive ainda conhecimento que a estes primeiros fossem concedidos alguma homenagem.

Espero que os nossos Edis, legítimos representantes do povo simõesfilhense, através dos votos recebidos destes, doravante venham tomar os cuidados necessários para o assunto aqui epigrafado.

Até a próxima.
*Digitado por Verônica Assis.