terça-feira, 27 de abril de 2010

"Pérolas" da política.

CABRESTO E PORTEIRA

É comum em temporada de pré-campanhas eleitorais os partidos políticos e seus pretensos candidatos correrem em busca de alianças e/ou coligações para garantirem suas eleições. Eles se esquecem da principal matéria prima para construção dos seus projetos que é o eleitor, porém só os procuram na época da eleição com os tradicionais tapinhas nas costas e conseguem se eleger, e os tapinhas só são repetidos quatro anos depois.

O importante de tudo isso é que na maioria das vezes os projetos são pessoais, ficando relegados a um plano inferior aqueles que os colocaram no poder.
Esta prática de busca de apoios me faz lembrar um episódio acontecido há alguns anos em uma cidade do interior do nosso Estado, próximo a Castro Alves.

As cidades interioranas mais distantes dos centros desenvolvidos são denominadas de grotões no linguajá político, e nesses locais sempre imperou os chamados “voto de cabresto” e os de “porteira fechada” sempre sobre o comando dos chamados “Coronéis”.

O “voto de cabresto” consistia ou ainda consiste em algumas dessas cidades aonde o “Coronel” chega para o povo e diz: “Este é o meu candidato”, e eles votam por entender que devem algo ao “Coronel”. O “voto de porteira fechada” é aquele onde o “Coronel” é dono de duas ou mais fazendas, e na negociação com o político candidato diz: “Nas minhas fazendas são tantos votos de porteira fechada”.

O acontecido acima citado foi o seguinte: O Coronel dono das fazendas apoiava sempre um determinado grupo político, então obviamente os seus agregados votavam naquele grupo. Em uma das eleições, o Coronel se desentendeu com o grupo costumeiro e negociou com o opositor; só que não avisou aos eleitores que tinha mudado de lado.

Moral da história: O novo grupo apoiado pelo Coronel perdeu a eleição; o homem ficou fulo da vida e foi tirar satisfação com os trabalhadores da fazenda, e ouviu a seguinte resposta: “O senhor não nos avisou que tinha mudado de lado”.

Cito esse episódio para chamar a atenção do nosso povo para que reflitam bastante e não caiam no campo da sereia. Muito embora entenda que Simões Filho, uma cidade com 48 anos de emancipada, não admiti-se mais “voto de cabresto” nem de “porteira fechada”.

Simõesfilhenses vamos refletir juntos.

2 comentários:

  1. Meu querido Pai,

    Apesar de quase da idade de Brasilia,a cidade
    de Simões Filho, tentam (Coronéis) trazer do passado
    os famosos votos de cabresto..porém o resultado das
    últimas e penúltimas eleições os eleitores mostraram
    que os coronéis estão "caindo do cavalo", "dos burros"...
    mas, o nosso povo realmente precisa refletir em relação
    aos desejos dos coronéis e dar a resposta no dia
    03 de outubro de 2010.

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  2. Lourival:

    Primeiro, o nosso povo precisa abrir as "porteiras fechadas da consciência". Apesar dos pesares, o mundo hoje é outro. Outros "coronéis" existem, urbanos e eletrônicos, mas, estamos no século XXI. Do passado citado, ficam as mudanças de lado dos nossos "honrados" políticos. Como diz Chico Science: "De que lado você samba??? De que lado você vai sambar???". Olho aberto e atenção à "Visão dos Fatos"!!!

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