terça-feira, 27 de março de 2012

É preciso saber.

Fundação comemora 66 anos na luta pela inclusão de pessoas com deficiência visual

Fundada em 1946, a Fundação Dorina é uma instituição reconhecida pela qualidade de seus livros braile, falados e digitais acessíveis, bem como pelos seus programas de reabilitação para pessoas cegas e com baixa visão. Sua história começou quando Dona Dorina, cega aos 17 anos, sentiu a enorme carência de obras em braile no Brasil e, com a ajuda de outras moralistas da escola Caetano de Campo, iniciaram a transcrição de livros em tinta para o braile. Algum tempo depois, Dorina foi então para os Estados Unidos fazer um curso de especialização para educação de pessoas com deficiência visual.

Durante seu período nos EUA, Dorina Nowill pleiteou, junto a Kelling Fundation, a doação de uma imprensa braile para a Fundação. Depois de uma insinuante entrevista, na qual a diretoria da Kelling Fundation apresentou resistência na doação, devido a uma experiência negativa com um outro País latino americano, a decisão final foi positiva e a Kelling doou 10 mil dólares para compra dos equipamentos sob a condição de que a manutenção fosse garantida pelo governo brasileiro.

A imprensa, no início dos anos 1950, ficava em um espaço emprestado pela Prefeitura do Município de São Paulo, na rua Pratz, Bom Retiro, ao lado de um depósito de lixo.

No dia 11 de março, a Fundação Dorina comemorou 66 anos de existência, com o orgulho de possuir hoje umas das melhores imprensas braile do mundo, em capacidade produtiva. Uma das homenagens deste ano foi o lançamento, no dia 13 de março, de dois selos: um em homenagem a Dorina de Gouveia Nowill e o outro em homenagem a Fundação criada por ela. Os interessados poderão adquirir os selos em qualquer agência dos Correios. O valor unitário é de R$2,80.

* Extraído da revista VEJA Falada.

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