domingo, 11 de março de 2012

A escada, os livros e a sociedade.

“Na escada da vida, os degraus são feitos de livros.” Esta frase é de autoria da paulista Dorina Gouveia Nowill, que aos 17 anos, estudante, sofreu perda total da visão. Este episódio não interrompeu sua caminhada. “Do limão fez uma limonada” e empreendeu uma luta ferrenha em defesa das pessoas portadoras de deficiência e, através desta luta, nasceu em 1946, em São Paulo, a Fundação para o livro do cego no Brasil.

Na década de 1960 a fundação passou a chamar-se Fundação Dorina Nowill para Cegos, em homenagem a sua idealizadora.

Dona Dorina, como era conhecida internacionalmente, morreu aos 91 anos, no ano de 2010, deixando um legado importantíssimo. Uma das suas principais bandeiras de luta sempre foi pela educação e inclusão social dos cegos no Brasil e no mundo. Por este feito, a Fundação Dorina passou a servir de modelo para implantação e aplicação de seus métodos em outros países.

É preciso entendermos que todas as vitórias só são conseguidas com muitas lutas, e as lutas só conseguirão a coroa das vitórias com a participação de todos. É voz corrente no país que o nosso ensino público ainda deixa muito a desejar, mas não podemos achar que educação é uma palavra mágica que por si só resolverá todos os problemas. No início do primeiro governo Wagner, a secretaria estadual de educação instituiu eleições diretas para gestores escolares, ou seja, diretores e vice-diretores, desde que para participarem os mesmos precisavam preencher alguns requisitos. São eleitores a comunidade escolar, composta por professores, alunos e funcionários, e mais os pais dos alunos. Esta convocação dos pais dos alunos é muito importante para que eles entendam que a educação é uma responsabilidade de toda a sociedade.

Infelizmente, em Simões Filho as eleições nas escolas municipais não aconteceram, muito embora na constituição municipal, lei orgânica de 1998, isto está determinado. Prestem atenção ao artigo que nós transcrevemos aqui: “Art. 174: Os diretores e vice-diretores das escolas públicas municipais de 1° grau serão escolhidos através de eleições diretas pela comunidade escolar e deverão ter no mínimo 3 (três) anos de regência em sala de aula.”

Pois é meus caros amigos, leram com atenção o texto do artigo transcrito? Agora indaguem entre si. Durante todo esse tempo onde estavam as nossas autoridades? Será que a nossa câmara de vereadores está conivente ou conveniente com essa situação? E o conselho municipal de educação, existe no nosso município? E o sindicato que é o órgão de representação dos trabalhadores de educação, ora ora, o sindicato! Será que pelegou?

Diante do exposto, no que se refere a Simões Filho, chegamos à conclusão que os “responsáveis” pelo assunto entenderam que seria melhor deixá-lo em “banho Maria”, pois para o bem deles é interessante deixar tudo “como d’antes no quartel de Abrantes”.

Domingo, 07 de outubro de 2012, será um dia importantíssimo para fazermos reflexões sobre este assunto e outros da nossa cidade. Não esqueçam!

Até breve.
*Digitado por Kleyton Assis.

Um comentário:

  1. É isso aí Lourival!!! A população deve - sempre! - ficar atenta a essas coisas. As transformações essenciais para o nosso município passarão por estas e outras questões. "É preciso estar atento e forte!!!". SEMPRE!!!

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