domingo, 27 de novembro de 2011

É preciso saber.

Exame de fundo de olho será obrigatório nas maternidades

A oftalmoscopia ou exame de fundo de olho, que permite diagnosticar problemas precocemente nos recém-nascidos deve-se tornar obrigatório em todas as maternidades brasileiras.

A lei que estatele a obrigatoriedade foi aprovada há algum tempo no estado do Mato Grosso. Posteriormente, lei semelhante foi aprovada por unanimidade na câmara municipal de Curitiba. Em Minas Gerais e Manaus há propostas semelhantes. O projeto do deputado Gilmar Machado, na câmara federal, e do senador Marcelo Crivela, no senado, deve estender a norma para todo Brasil. O oftalmologista Virgílio Seturion, que é diretor do Instituto de Moléstias oculares explica que o exame avalia as condições do humor vítreo, do humor aquoso, da retina, dos nervos sanguíneos e do nervo óptico que leva os estímulos visuais já convertidos em sinais elétricos até o cérebro.

Para o especialista, as pessoas que fazem o exame oftalmológico anual devem também ser submetidas a oftalmoscopia, pois o exame é capaz de detectar glaucoma, distúrbios da retina, além de males ligados não diretamente a visão, como diabetes, leucemia, inflamações reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, desequilíbrios da tireoide, entre outros.

Seturion afirma que o ideal é que os bebês já fossem submetidos ao exame logo após o nascimento, e isso é necessário principalmente para prematuros e filhos de mãe que tiveram infecções durante a gestação. A oftalmo pediatra Maria José Carrari diz que nos recém-nascidos o exame identifica a existência de retinoblastoma, uma espécie de tumor, a catarata congênita, a retinoplastia da prematuridade que pode resultar em cegueira e também o citomegalovírus e sífilis que podem levar a visão normal. Ela explica que é muito importante o diagnóstico precoce dos problemas da visão, e que indícios da visão subnormal podem ser verificados pela própria família. São sintomas, por exemplo, o desinteresse da criança em olhar para os brinquedos e não reconhecer os rostos familiares, guiando-se mais pelos sons, e ao seguir diariamente objetos e pessoas.

FONTE: Fundação Dorina Nowill para Cegos, através da Revista Veja Falada.

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