segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O salário mínimo e os aposentados.

Nesta quarta-feira, dia 16, deverá ser votado no Congresso Nacional o valor do novo salário mínimo, que na proposta do governo é de R$ 545,00. As centrais sindicais propõem um valor de R$ 580,00, e outros seguimentos propõem um valor intermediário de R$ 560,00, no entanto, os partidos de oposição ao governo capitaneado pelo PSDB apresentam uma proposta de R$ 600,00. Aposto fichas em R$ 545,00 que é a proposta do Palácio do Planalto, pois o governo detém maioria folgada no Congresso, tanto no Senado, como também, na Câmara Federal.

É sempre bom lembrarmos que toda vez que é necessário o aumento do salário mínimo, o governo sempre alega que não pode conceder um percentual maior, pois assim inviabilizaria a Previdência Social, que no entender dele (o governo), já é deficitária. As centrais sindicais e as associações que representam os aposentados não concordam que a Previdência seja deficitária, pois é debitada na conta da mesma o que não seria da sua alçada.

Hoje no Brasil, os aposentados são 26 milhões, destes, 8 milhões recebem aposentadorias acima do mínimo. E 18 milhões, portanto, a maioria absoluta recebe só um salário mínimo, e é bom lembrar que entre estes, 8 milhões são aposentados da zona rural, que no passado nem patrões nem empregados nunca recolheram para a Previdência Social. Os trabalhadores são culpados? Não. Entendemos que o trabalhador rural tem uma jornada de trabalho muito mais sacrificada do que o trabalhador da área urbana, porém, não é justo que eles paguem a conta.

Em 2010, em uma das últimas entrevistas do ex-presidente Lula, no programa Canal Livre, os repórteres lhe perguntaram sobre essa questão do déficit da Previdência Social, e o mesmo respondeu que não haveria déficit e sim que era preciso fazer ajustes de contas, junto ao tesouro nacional.

Então está comprovado que as centrais sindicais e as associações de aposentados estão corretas nas suas afirmações.

Neste início de governo, a presidente Dilma tem todas as cartas na mão para promover uma ampla reforma na Previdência Social, vez que a nova composição do Congresso Nacional lhe é favorável para tal.

Até a próxima.
*Digitado por Kleyton Assis.

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