quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pérolas na política.

POLÍTICA COM VATAPÁ: O Judas.

Com pouco estudo e língua solta, Daniel Gomes, ex-prefeito de Jussari e irmão do ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes, marcou época na Assembléia pela tiradas hilárias.

Eleito deputado estadual em 1975 pelo velho MDB, partido que ajudou a fundar, teve três mandatos, dois outros pelo PMDB. O terceiro, em 1988. A Assembléia estava em ebulição. Era o ano da Constituinte Estadual, Daniel queria ser o 2°-secretário da mesa, cargo que cabia à oposição, pediu votos aos companheiros de partido, entre eles Antônio Honorato, que garantiu apoio.

Na hora em que anunciaram a chapa oficial, Honorato estava candidato. Daniel subiu na tribuna, abriu fogo:
- Honorato, você é um traidor escarrado e cuspido! Disse que votava em mim e agora é candidato! Aliás, eu caí porque fui besta. Eu sempre achei que você com essa barbicha se parece muito com o Judas Carioca!

Quis dizer Judas Iscariotes, o traidor de Jesus. Até Honorato riu, mas a paz só se restabeleceu quando Daniel levou o cargo.

*Extraído do Jornal A Tarde, do dia 07/08/2010.

Pérolas desta qualidade não acontecem somente na Bahia e no Nordeste. Citarei uma destas “belezas” acontecida em uma cidade do estado de São Paulo.

Campanha política, palanque armado na praça iluminada cheia de gente para o comício do candidato a prefeito. Entra em cena o dito cujo e ataca: “Boa noite meus ‘caro cidadão’. Se vocês me ‘elegerem’, vou construir as ‘igreja’”. Silêncio total na praça, olhares para um lado e para outro, e ele continua, vou construir as “escola e creche”. A platéia entrou empovorosa.

Um assessor vendo o vexame cochichou no ouvido do candidato: “Empregue o plural, empregue o plural, empregue o plural!” Aí, a emenda foi pior do que o soneto, porque o candidato atendendo aos apelos do assessor falou: “Se eu for eleito vou empregar o plural, o pai do plural, a mãe do plural, os ‘irmão’ do plural, e a família toda, pois eles ‘merece’”. Sabe o que aconteceu? A praça ficou vazia e o candidato falando apenas para os seus assessores.

Neste momento que estamos vivenciando uma campanha eleitoral para as eleições de 3 de outubro próximo, é bom citarmos estas pérolas para que nós eleitores estejamos sempre a refletir sobre a escolha de quem nós vamos creditar o nosso voto.

Até breve.
*Digitado por Kleyton Assis.

domingo, 15 de agosto de 2010

Horário eleitoral.

Começará nesta terça feira, dia 17 e irá até 30 de setembro o horário político no rádio e na TV, que tem o objetivo de garimpar votos para as eleições de três de outubro. Não tenho receio de afirmar que a maioria dos telespectadores e rádio-ouvintes desligará os seus respectivos aparelhos naquele momento por considerarem propaganda enganosa.

Não tenho nenhuma pretensão em condenar ou aplaudir tal atitude, mas afirmo que a maioria dos políticos fica grata por entenderem que desligar os aparelhos não os incomoda, pois se não os assiste ou ouve, não os analisarão.

No último dia 5 deste mês, a TV Bandeirantes promoveu um debate político com os principais presidenciáveis; naquela mesma data e horário, a Rede Globo mostrou para todo Brasil a partida de futebol entre o Internacional e o São Paulo. Segundo o IBOPE, o debate alcançou dois pontos de audiência, enquanto a partida de futebol atingiu os 32 pontos.

Entendo que, se o resultado fosse inverso, ou seja, 32 pontos para o debate e 2 pontos para a partida de futebol, obviamente os políticos ficariam preocupados por entenderem que os telespectadores estavam interessados em avaliá-los; isto não acontecendo, eles ficam acavalheiros para expor suas propagandas enganosas.

Continuo dizendo que não canso de afirmar que precisamos nos politizar para sermos capazes de construir as transformações que o país tanto necessita, e isto pode ser possível sim, desde que saibamos valorizar o nosso cartão de crédito da cidadania, que é o título de eleitor.

Até breve.
*Digitado por Verônica Assis Portugal.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pérolas na política.

POLÍTICA COM VATAPÁ: A cedilha

Mamede Paes Mendonça, o peão que começou a vida dando duro na enxada e se transformou no dono de um império, a rede Paes Mendonça (hoje arrendada ao Bompreço), mal completou o curso primário. Dele contavam mil histórias, e certa vez perguntaram-lhe se eram verdadeiras.
- É tanta coisa que eu me perdi. Já não sei o que é verdade e o que é inventado.
Uma delas, relatada no livro Mamede Paes Mendonça, da jornalista Ivana Braga (ainda no prelo, a ser publicado este ano da Coletânea Assembleia), diz que, certo dia, nos primórdios da Rede Paes Mendonça, chegou uma carreta de cal. Estrilou:
- Eu não pedi isso! Pode levar!
- Foi o senhor, sim. E fez o pedido do próprio punho.
O fornecedor passou a lista, estava lá:
Uma carreta de cal.
Mamede leu, botou a mão na cabeça:
- Deus do céu! Eu esqueci a cedilha...
*Extraído do Jornal A Tarde, do dia 01/08/2010.

Esta pérola do Jornal A Tarde faz lembrar uma história de um prefeito de uma cidade pequena da região de Castro Alves. Chega à prefeitura um fornecedor para receber uma fatura, que na moeda de hoje seria de seiscentos reais. O chefe do executivo autoriza a sua assessora, tão inteligente quanto ele, a emitir o cheque no valor devido. A assessora pergunta: “Chefe, como é que escreve seiscentos? Com ‘c’ ou com ‘s’? e prontamente, o prefeito responde: “Até a senhora, Dona Umbelina? Faça dois cheques de trezentos e está resolvido o problema!”

É por estas e outras histórias que em época de eleição temos que está sempre falando sobre politização para evitarmos eleger políticos do quilate citado, pois é preciso entendermos que o cidadão tem que saber no mínimo “ler e escrever”.

Até breve.
*Digitado por Kleyton Assis.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A CIDE ou o Pedágio ?

Os veículos de comunicação estão sempre a nos informar sobre quanto nós pagamos de impostos, o que nos deixa indignados, por sabermos que recursos não são aplicados conforme o que determina a legislação.

Estamos vivendo neste momento uma campanha eleitoral, e é sempre bom lembrar-se de episódios passados em outras. Na campanha de 2002, em um dos debates para presidente, o Garotinho carioca colocou uma “casca de banana” para o então candidato Lula, o que ele iria fazer com a CIDE caso fosse eleito. Tendo o perguntado ficado embaraçado, o perguntador esclareceu que a CIDE é o imposto dos combustíveis.

A CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) foi criada pela Lei n° 10.336, de 19 de dezembro de 2001, e incide sobre todos os combustíveis, inclusive o etanol. A distribuição a que se refere ao produto de arrecadação da CIDE observará os seguintes critérios:

I – 40% (quarenta por cento) proporcionalmente à extensão da malha viária federal e estadual pavimentada existente em cada Estado e no Distrito Federal, conforme estatísticas elaboradas pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004)
II – 30% (trinta por cento) proporcionalmente ao consumo, em cada Estado e no Distrito Federal, dos combustíveis a que a CIDE se aplica, conforme estatísticas elaboradas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004
III – 20% (vinte por cento) proporcionalmente à população, conforme apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004)
IV – 10% (dez por cento) distribuídos em parcelas iguais entre os Estados e o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004)

* Dados da Recita da Fazenda (http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/Leis/2001/lei10336.htm)

Conforme o exposto, é de se perguntar: Se nós já pagamos um imposto para manutenção das rodovias, será lícito pagarmos também pedágio?

Quero acreditar que igual ao candidato Lula em 2002, vários proprietários de veículos automotores devem desconhecer que pagam este imposto no ato do abastecimento nos postos de combustíveis.